A Polícia Civil, a família e a comunidade de Três Passos, município
de 24 mil habitantes do Noroeste gaúcho, estão revoltadas com a morte
brutal da jovem Kimberly Ruana Rückert, 22 anos. Ela foi encontrada queimada dentro do Ford Ka da mãe, a escrivã de polícia Rejane Rückert, na tarde de sábado, dia 12, em Palmeira das Missões, onde estudava. O tio da vítima acha que ela foi violentada e, por isso, acabou carbonizada.
– Já temos suspeitas, mas não podemos falar para não prejudicar as
investigações. Sabemos que não foi roubo, e sim um ato premeditado.
Fizeram questão de mostrar que aquele corpo dentro do carro era o dela,
mas quiseram apagar o que fizeram. Foi uma barbaridade, uma coisa de
quem não tem família – lamenta Arlei Tomazoni, proprietário de uma
distribuidora de bebidas de Três Passos.
Um exame de DNA vai confirmar a identidade de Kimberly, já que o
corpo estava completamente carbonizado. Nesta segunda-feira, seus
familiares realizaram um velório na capela da Funerária Schneider, e o
enterro no distrito de Bela Vista. O delegado regional Antonio Maieron
relata que o local onde foi achado o veículo não costuma ser rota de
crimes:
– A investigação está complicada no momento. Temos de trabalhar tudo o
que aconteceu até ela ser localizada nessa estrada vicinal, que leva a
algumas granjas do interior de Palmeira das Missões. Não é um caminho
movimentado e não é comum ocorrer assaltos lá.
– Foi revoltante o que aconteceu. Só o que posso falar é que se trata
de um crime complexo – completa o delegado Adriado de Jesus Linhares,
que atua com Antonio Maieron no caso.
Jovem queria ser enfermeira
Kim Rückert, como era chamada pelas amigas, morava há cerca de quatro
anos em Palmeira das Missões e costumava visitar Três Passos, onde
viveu até os 18 anos, nos finais de semana.
Ela era estudante de Enfermagem no campus da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM) em Palmeira das Missões e residia sozinha em um
apartamento. Conforme sua família, ela era uma jovem alegre e não há
notícias de brigas ou desavenças com ninguém.
– Suspeitamos que ela tenha sido queimada para a comunidade não saber
o que fizeram com o corpo. Pedimos às pessoas que tenham alguma
informação que não deixem de colaborar. Hoje foi alguém da nossa
família, amanhã pode ser de outra, este crime não pode ficar impune –
diz Arlei Tomazoni.
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