quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Delegado Waldir Soares já aceita hipotese de Serial Killer em Goiânia


Vítimas  do psicopata

“Eu não poderia dizer se foi um serial killer, mas há muitas características semelhantes entre os crimes. Neste momento, acho que o melhor papel do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, seria não permitir esse pavor que está entre as mulheres e as famílias goianas”, Waldir Soares

Temos ouvido nos últimos dias rumores sobre a atuação de um serial killer em Goiânia, reforçados pelo reconhecimento do namorado de Isadora Cândido do retrato-falado do assassino da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte. O que há de fato sobre esse assunto?

De fato nessa história temos o seguinte: acredito que realmente exista um ou mais criminosos matando em Goiânia. Isso é verdadeiro. Não tem como tapar o sol com a peneira. Isso todo mundo sabe e a imprensa está noticiando que desde dezembro aumentou o número de mulheres que têm sido vítimas.

Tem sido traçado um perfil. Eu não sou da Delegacia de Homicídios, mas como um profissional, especialista em segurança pública, eu tenho que dar uma resposta à sociedade dos  questionamentos. E por ter entrado na política, tenho que dar uma resposta à sociedade. As vítimas têm de 15 a 27 anos, são jovens, bonitas. Nós temos no mínimo, dos seis casos, quatro com extrema semelhança, onde as vítimas foram mortas com apenas um disparo de arma de fogo. Não posso falar sobre a arma, porque quem faz a comparação das balas é a DIH.

Mas pela características dos crimes, pela análise das ocorrências que nós fizemos, pelo que a imprensa trouxe, em quatro dos seis casos mais recentes houve uma tentativa simulada de assalto, a vítima foi morta com apenas um tiro por motociclistas em uma moto escura, com pilotos de capacete de cor preta.

Eu não poderia dizer se foi a mesma pessoa ou se foi um serial killer, mas há muitas características semelhantes. Neste momento, acho que o melhor papel do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, seria não permitir esse pavor que está entre as mulheres e as famílias goianas. É preciso chamar a responsabilidade, traçar o perfil das vítimas, chamar toda a imprensa, esclarecer o que está acontecendo até para que o cidadão possa se proteger.

Duas semanas atrás colocaram a foto de um jovem inocente, que nós ouvimos lá no 8º Distrito, como sendo do serial killer. E na verdade não tem nenhuma relação com o fato. Poderia acontecer o que aconteceu em Guarujá, o linchamento de uma pessoa inocente.