Vamos ser honestos: o espaço é um lugar absolutamente bizarro. Se
você acha ficção científica uma maluquice, saiba que o cosmos é ainda
muito mais estranho do que lhe dão crédito. Confira:
10. Estrelas hipervelozes
Todo mundo sabe que estrelas cadentes
são apenas meteoros que entram na nossa atmosfera. O que algumas
pessoas não sabem, porém, é que estrelas cadentes existem de verdade, e
são chamadas de estrelas de hipervelocidade ou hipervelozes. Elas são
grandes bolas de fogo viajando rapidamente pelo espaço a milhões de
quilômetros por hora. Quando um sistema estelar binário é devorado por
um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia, um dos dois
parceiros é consumido, enquanto o outro é ejetado em alta velocidade.
Tente imaginar uma enorme bola de gás, com quatro vezes o tamanho do
nosso sol, arremessada na galáxia a milhões de quilômetros por hora. Eis
uma estrela de hipervelocidade.
e tem mais 9, confira:
9. Planeta infernal
Gliese 581 c é um candidato provável para uma futura colonização
humana, apesar do fato de ser absolutamente infernal. O planeta orbita
uma estrela anã vermelha, muitas vezes menor do que o nosso sol, com uma
luminosidade de apenas 1,3 % do nosso astro rei. Isto significa que o
planeta está muito mais próximo de sua estrela do que nós do sol. Devido
a isso, ele está “preso”, o que significa que um lado do planeta está
sempre virado para a estrela, e um lado está sempre de costas (como o
relacionamento da nossa lua com a Terra). O bloqueio do planeta resulta
em algumas características muito estranhas. O lado virado para a estrela
derreteria imediatamente seu rosto caso você morasse lá, enquanto que,
do lado oposto do planeta, onde não há sol, você congelaria
instantaneamente. No entanto, entre esses dois extremos, há uma pequena
faixa onde a vida poderia teoricamente existir. Viver em Gliese 581 c
teria seus desafios, no entanto. A estrela que ele orbita é uma anã
vermelha, o que significa que ele está no final da menor frequência de
nosso espectro visível, banhando o céu inteiro de Gliese 581 c com uma
cor vermelha. Outro efeito colateral é o fato de plantas
fotossintetizantes terem que se adaptar ao constante bombardeamento de
radiação infravermelha, adquirindo uma cor negra. Que ambiente, hein?
8. Sistema Castor
Como se uma ou duas bolas de gás e fogo gigantes não bastassem, temos
o Sistema Castor, na constelação de Gêmeos, com seis estrelas – todas
em órbita em torno de um centro de massa comum. Três sistemas de estrela
binários orbitam um ao outro, com duas estrelas tipo A quentes e
brilhantes presas no Castor, bem como quatro anãs vermelhas tipo M.
Juntas, estas seis estrelas emitem cerca de 52,4 vezes mais luminosidade
do que o nosso sol.
7. Nuvem de framboesa e rum
Nos últimos anos, os cientistas têm estudado uma nuvem de poeira
perto do centro da nossa galáxia chamada Sagitário B2, que cheira a rum e
tem gosto de framboesa. A nuvem consiste em grande parte de acetato de
formato, que é conhecido por dar a framboesas seu gosto, e ao rum seu
cheiro característico. Esta grande nuvem contém bilhões de bilhões de
bilhões de litros do material, o que seria ótimo, se não fosse proferida
não consumível pelos cientistas por conta da presença de outras
partículas perigosas a nossa saúde. Certamente não vamos abrir um pub
intergaláctico em breve.
6. O planeta congelado que queima
Você se lembra de Gliese? Como se um planeta infernal não fosse
suficiente, o sistema também suporta um outro planeta feito quase
inteiramente de gelo, com temperatura de 439 graus Celsius. Impossível?
Não. Gliese 436 b é, simplesmente, um cubo de gelo queimando. A única
razão pela qual o gelo permanece sólido é por causa da enorme quantidade
de água presente no planeta – a gravidade puxa tudo em direção ao
núcleo, mantendo as moléculas de água tão densas que elas não podem
evaporar.
5. Planeta de diamante
55 Cancri e, feito inteiramente de diamante cristalizado, custaria
26,9 nonilhões de dólares. Esse é o tipo de coisa que até mesmo o sultão
de Brunei sonha à noite. O enorme planeta de diamante já foi uma
estrela em um sistema binário, até que o seu parceiro começou a
canibalizá-lo. No entanto, a estrela não foi capaz de acabar com seu
núcleo de carbono, e carbono está a uma tonelada de calor e pressão de
distância de ser diamante. A uma temperatura de superfície de 1.648
graus centígrados, as condições em 55 Cancri e são quase perfeitas. Um
terço da massa do planeta é de diamante puro, e ele é composto
principalmente de grafite, diamante e algumas outras pedras preciosas.
Com duas vezes o tamanho da Terra e oito vezes sua massa, 55 Cancri e é
uma “Super-Terra”.
4. Nuvem Himiko
Se há qualquer objeto que pode nos mostrar as origens de uma galáxia
primordial, é a nuvem Himiko, o objeto de maior massa já encontrado do
início do universo, que remonta a apenas 800 milhões de anos após o Big
Bang. A nuvem surpreende cientistas por seu tamanho – cerca de metade da
nossa Via Láctea. Himiko pertence ao que é conhecida como a “época da
reionização”, ou o período de cerca de 200 milhões a um bilhão de anos
após o Big Bang, e é o primeiro vislumbre que os cientistas conseguiram
obter do início da formação de galáxias.
3. O maior reservatório de água do universo
A doze bilhões de anos-luz de distância, o maior reservatório de
água do universo reside no coração de um quasar. Contendo 140 trilhões
de vezes a quantidade de água nos oceanos da Terra, e encontrada perto
do buraco negro colossal no centro do quasar, a água, infelizmente, se
manifesta na forma de uma enorme nuvem de gás de várias centenas de
anos-luz de diâmetro (nossos sonhos de um escorregador galáctico enorme
de água foram destruídos). Este buraco negro, com 20 bilhões de vezes o
tamanho do nosso sol, expele constantemente enormes quantidades de
energia equivalentes ao que seria produzido por 1.000 trilhões de sóis.
2. A maior corrente elétrica do universo
Apenas alguns anos atrás, os cientistas se depararam com uma corrente
elétrica de proporções cósmicas: 10 ^ 18 ampères, ou cerca de um
trilhão de raios. A corrente provavelmente se origina a partir de um
enorme buraco negro no centro da galáxia, que tem um núcleo que é
supostamente um “enorme jato cósmico”. Aparentemente, o enorme campo
magnético do buraco negro lhe permite acionar esta corrente através de
gás e poeira a uma distância de mais de 150 mil anos-luz de distância.
1. LQG, o gigante do universo
A nuvem Himiko é muito grande – tem metade do tamanho da nossa
galáxia. Grande coisa, certo? Já que existe uma estrutura tão grande que
quebra as leis convencionais da astronomia moderna Esta estrutura é o
LQG, sigla em inglês para Grupo Grande de Quasares.
Nossa galáxia, a Via Láctea, tem “apenas” cem mil anos-luz de
diâmetro. Pense nisso por um momento: se acontecer alguma coisa do outro
lado da galáxia, leva cem mil anos para que a luz atinja a extremidade
oposta da Via Láctea. Isso significa que, se vemos agora um evento que
ocorreu no outro extremo da nossa galáxia, ele realmente ocorreu quando a
espécie humana estava apenas começando a se formar.
Para entender o tamanho de LQG, pegue esse período de tempo e o
multiplique por quarenta mil – isso mesmo, ele tem quatro bilhões de
anos-luz de diâmetro. O grupo de setenta e quatro quasares realmente
quebra as regras da astrofísica padrão, já que o tamanho máximo de
qualquer estrutura cósmica deve ser de apenas 1,2 bilhões de anos-luz.
Os cientistas não têm absolutamente nenhuma ideia de como essa enorme
estrutura se formou, uma vez que até então só tinham conhecimento de
outros grupos com talvez centenas de milhões de anos-luz de diâmetro.
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